O que é a crase?
Crase é a fusão de duas vogais idênticas. Utilizamos o acento grave (`) para indicar a contração da preposição com artigos ou pronomes. Ex: Edna precisa ir [a] (preposição) + a (artigo definido feminino singular) classe de português.
Assim, o enunciado deve ser construído assim:
- “Edna precisa ir à classe de português”. A preposição “a” é exigida pelo verbo “ir”, pois o verbo indica movimento em direção a algum lugar.
Regra geral:
Sempre haverá crase da preposição mais artigo se o termo regente exigir a preposição a e se o termo regido aceitar o artigo feminino a (as).
Você pode usar o seguinte meio para saber se uma palavra admite ou não o artigo:
- se o emprego da combinação da for possível antes da palavra, é sinal que ela aceita o artigo.
- se for possível empregar apenas a preposição de, é sinal de que não aceita.
Há quem goste de dizer a seguinte frase: “Vou a volto da, crase no A. Vou a volto de, crase para quê? Mas cuidado, em alguns casos as duas formas são aceitas. Vejamos.
- Vou a Brasília. Volto de Brasília.
- Vou à Bahia. Volta da Bahia.
- Vou a Ceilândia. Volto de/da Ceilândia.
A crase pode ser fusão:
– de preposição a + a vogal a inicial dos pronomes demonstrativos aquele, aquela, aqueles, aquelas, aquilo.
- Perguntei àquele garoto se poderia me emprestar um lápis.
– da preposição a + o pronome demonstrativo a/as.
- A obra à qual nos referimos é muito extensa.
– da preposição a + o artigo feminino a/as.
- Fui à Bahia.
Regras para o uso do sinal de crase:
- Locuções adverbiais, prepositivas e conjuntivas (preposição + artigo feminino):
- Locuções adverbiais: às vezes, à noite, à tarde.
- Locuções prepositivas: à frente de, à beira de, à exceção de.
- Locuções conjuntivas: à medida que, à proporção que.
- Nomes próprios femininos: é facultativo o emprego do artigo feminino antes de nomes próprios femininos, seu emprego é mais comum em situações formais. Se não houver artigo não haverá contexto para a crase das vogais.
– nas expressões adverbiais femininas sempre ocorre crase:
- Cheguei à noite. (tempo).
- Ficou à esquerda. (lugar).
– na expressão à moda de, mesmo que a palavra moda não venha explícita, sempre ocorre crase:
- Comi uma pizza à moda da casa.
- Usam sapatos à (moda de) Luís XV.
– sempre ocorre crase na indicação do número de horas.
- Cheguei às onze horas.
Quando não há crase!
Não ocorre acento indicativo de crase antes de verbos, pois não admitem artigo.
- Refiro-me a ti -> Refiro-me a ti.
- Dirigi-me a ela -> Dirigi-me a ela.
- Apresento-o a você -> Apresento-o a você.
- Venha a nós o Vosso Reino -> Venha a nós o Vosso Reino.
- Respondo a Vossa Senhoria -> Respondo a Vossa Senhoria.
- Não me referi a esta carta -> Não me referi a esta carta.
- Direi a qualquer pessoa -> Direi a qualquer pessoa.
- Refiro-me a uma pessoa educada -> Refiro-me a uma pessoa educada.
Não ocorre acento indicativo de crase antes de pronomes pessoais, demonstrativos, indefinidos, e expressões de tratamento, pois não admitem artigo. O “a”, nos exemplos acima, é meramente preposição, exigida pelos verbos, conforme sinalização.
- Não assisto a cenas de terror -> Não assisto a cenas de terror.
- Entregou-se a férteis cogitações -> Entregou-se a férteis cogitações.
- Não prestaram atenção a verdades preciosas -> Não prestaram atenção a verdades preciosas.
Não ocorre acento indicativo de crase quando o “a” estiver no singular e a palavra feminina seguinte estiver no plural: o “a” é apenas preposição, exigida pelas palavras que vêm antes, conforme sinalização.
- Não assisto às cenas de terror -> Não assisto a cenas de terror.
- Entregou-se às férteis cogitações -> Entregou-se a férteis cogitações.
- Não prestaram atenção às verdades preciosas -> Não prestaram atenção a verdades preciosas.
Não ocorre acento indicativo de crase antes de palavras masculinas, pois não admitem artigo “a”. O “a” dos exemplos é meramente uma preposição.
- Andar a cavalo.
- Vir a pé.
- Vendas a prazo.
Quando a crase é facultativa!
É facultativo o uso do artigo antes de nomes próprios femininos. Assim, podemos escrever as frases abaixo da seguinte forma:
- Refiro-me à Carol.
- Respondo à Raquel.
- Dirijo-me à Érika.
ou
- Refiro-me a Carol.
- Respondo a Raquel.
- Dirijo-me a Érika.
É facultativo o emprego do acento indicativo de crase antes de nomes próprios femininos, porque é facultativo o uso do artigo.
- Minha amiga é generosa.
A minha amiga é generosa. - Nossa prima é amável.
A nossa prima é amável. - Tua irmã é alegre
A tua irmã é alegre.
Como podemos constatar, é facultativo o uso de artigo antes de pronomes possessivos no singular.
Por isso podemos escrever assim:
- Apresentei-o a minha amiga.
Apresentei-o à minha amiga. - Dirigi a palavra à nossa irmã.
Dirigi a palavra a nossa irmã. - Refiro-me à tua esposa.
Refiro-me a tua esposa.
É facultativo o emprego do acento indicativo de crase antes de pronomes possessivos no feminino singular, porque é facultativo o uso do artigo.
Insisto em dizer da importância de se analisar o enunciado, observe:
- se ocorre a preposição “a”;
- se a palavra é feminina;
- se a palavra feminina aceita o artigo “a(s)”.
Na frase:
- Levei uma flor a professora.
Observe que
- ocorre a preposição: quem leva leva algo a alguém;
- “professora” é palavra feminina;
- “professora” aceita o artigo “a”; basta fazer outra frase para observar: A professora é inteligente.
Portanto, a frase acima deve ter acento:
- Levei uma flor à professora.
É muito comum ler placas e faixas nas ruas, anúncios em jornais e revistas, vejamos alguns:
- Entregamos à domicílio Podemos ver que domicílio é substantivo masculino, e como tal, não aceita o artigo feminino a, e portanto não leva acento grave indicativo de crase. Quero aqui ressaltar outro equívoco comum: o verbo entregar significa levar alguma coisa a alguém em algum lugar. Nesse contexto, domicílio não é o objeto indireto (a alguém) e sim o adjunto adverbial de lugar. Portando não entregamos “a domicílio”, e sim “no domicílio”.
- Vendas à prazo
Do mesmo modo, enquanto substantivo masculino, prazo não aceita o artigo feminino a, e portanto não leva acento grave indicativo de crase . Para formação de crase com um substantivo masculino, só com o uso do pronome aquele, mas no caso de artigo, como pede o artigo o, ficaria vendas ao prazo. - à escolher
Escolher é um verbo e como tal não pede artigo, a não ser que esteja na sua forma substantivada. Mas nesse caso, um verbo substantivado sempre vai para o masculino, e portanto pediria artigo o. O escolher é uma árdua tarefa. - à perder de vista
Perder é um verbo e como tal não pede artigo, a não ser que esteja na sua forma substantivada. Mas nesse caso, um verbo substantivado sempre vai para o masculino, e, portanto pediria artigo o. - Trajes à rigor.
Rigor é um substantivo masculino e, portanto, não pode ter um artigo feminino. - à vista
Este é de longe o equívoco mais comum e mais cometido no uso do acento grave indicativo de crase. Soa muito natural o acento em vendas à vista. Porém é simples perceber que seu uso é incorreto. Basta fazer a substituição da palavra vista por um substantivo masculino, que no caso o mais prático é a palavra prazo, por ter um uso bastante similar. Como não dizemos vendas ao prazo, também não diremos vendas à vista, certo? Há, porém que se notar um caso em que se utiliza o acento grave: quando vista é usado no sentido de ver, enxergar, como em terra à vista. - de segunda à sexta.
Podemos, nesse caso, notar que segunda está sem artigo (de -> de+a) e portando sexta também deve estar sem artigo por uma questão de coerência. Podemos também fazer o teste substituindo por um substantivo masculino: … de segunda a sábado.. Como não falamos ao sábado, não colocamos crase em a sexta. Fácil, não? - à 10 minutos
Numerais, em geral, não levam artigos definidos. Podemos, ao invés disso, por um artigo indefinido: a uns 10 minutos, que nos provará que 10 minutos é masculino. Por outro lado, o acento grave poderia estar ligado a um substantivo feminino oculto (distância, por exemplo). Porém minuto não é medida de distância, e sim de tempo, portanto não faz sentido falar-se em à distância de 10 minutos. - à mão
Temos aqui um substantivo feminino e, portanto, vamos tentar substituí-lo por um masculino. Podemos traçar uma equivalência de feito a mão com ir a pé. Como não falamos ir ao pé, não diremos feito à mão. - até às 18:00
Aqui já temos uma preposição (até), cuja função é limitar a continuidade da ação. Portanto não cabe aqui o uso de mais uma preposição (a) e com isso não haverá formação da crase. - à partir de
Partir é um verbo e como tal não pede artigo, a não ser que esteja na sua forma substantivada. Mas nesse caso, um verbo substantivado sempre vai para o masculino, e portanto pediria artigo o.
Parei na metade do post….
sei que são muitas regras, mas vale a pena serem lida!!!!
olá professor leniomar estou com uma duvida em uma frase, poderia me ajudar. A frase é essa——>Peço à sua compreensão nesse momento difícil.
Esta frase esta correta
Sim, te crase pois analisando o verbo vemos que quem pede, pede alguma coisa a alguém.
Leniomar Morais
É verdade que VC falou…😀
gostei delas
Que bom que gostou, espero que lhes sejam úteis.
Olá professor, olhe essa frase, ( vou pedir (a, à) vendedora as imagens).
Essa frase vai crase ou não ?
Sempre fazemos a pergunta ao verbo. Quem pede, pede alguma coisa a alguém então a coisa pedida será sempre objeto direto e a quem se pede será sempre objeto indireto.
Então ficaria a assim. Vou pedir à vendendora as imagens.
Os exemplos são práticos, didáticos e fáceis de entender. Parabéns!
Obrigado!!! acompanhe as novas postagens!!!
Peço a gentileza de me informar se as seguintes frases estão corretas:
Todos os domingos, vou à igreja.
Na quinta-feira, minha esposa às vezes vai às compras.
As duas estão corretas, para você ter certeza da utilização da crase troque a palavra após o verbo por outro masculina, se aparece “ao” tem crase. Troque igreja por cinema, você vai ver que fica “vou ao cinema”, isso acontece porque o verbo ir é transitivo indireto e pede um complemento introduzido por preposição, quando a palavra é feminina tem-se a preposição a pedida pelo verbo e o artigo a pedido pelo nome, o que no português se aglutina na crase.
Qualquer outra dúvida fique a vontade para perguntar.
Professor, me desculpe, mas poderia explicar a segunda frase questionada pelo Sérgio. “Na quinta-feira, minha esposa às vezes…..”esse as vezes é craseado?
Neste caso observe que a expressão “Às vezes” tem ideia de de tempo, logo, é uma locução adverbial de tempo e por isso é craseado. Para simplificar para saber se usa crase troque a expressão por equivalentes como: de vez em quando, em algumas vezes. Se mantiver o significado usa a crase, mas quando não tiver a ideia de tempo como em: Todas as vezes comemos as mesma coisa. Neste caso, não tem crase.
Espero ter ajudado, mas qualquer coisa é só perguntar.
Peço a gentileza de me informar se as seguintes frases estão corretas:
Você o está comprando.
Você está comprando-o.
A mulher está lendo livro.
Muito grato.
Na primeira frase temos uma colocação pronomial em próclise, em uma locução verbal!!!! Segundo a regra quando temos locução verbal o pronome pode ser antes do primeiro, em próclise ou após o segundo ênclise, assim, as duas estão corretas. Na terceira parece que falta o pronome após o verbo ler, no gerúndio!!!
Caro Professor, peço a gentileza de me informar se as seguintes frases estão corretas:
Eu estou indo ao meu trabalho de motocicleta.
Eu estarei indo para o Brasil de avião.
Eu vou de carro para minha universidade.
_________________
Muito grato.
Se sua dúvida for em relação as colocações preposições, não há nenhum impedimento, mas as construções das duas primeiras frases não são recomendas estilisticamente, pois a formação de frases com locução verbal mais verbo no infinitivo como em “estou indo” e “estarei indo” não são recomendas por formar o chamado gerundismo.
Caro Professor, tenho mais uma frase, peço sua correção.
Eu vou para o meu escritório de segunda a sexta-feira.
nesses expressões de de segunda a sexta, não se utiliza crase!!!
Mais uma vez peço sua correção. Muito Grato.
Eu vou para a minha universidade durante a semana com meus amigos.
Caro Professor em que circunstância posso usar esta frase?
São Paulo é uma cidade no Brasil.
São Paulo é uma cidade do Brasil.
________________-
Muito grato.
Sergio,
Essas preposições tem forte peso semântico, ou seja, de significado. A preposição em (no = em+o) do primeiro caso é usada com ideia de lugar, geralmente introduz um adjunto adverbial de lugar, assim, São Paulo é uma cidade no Brasil indica “onde” fica a cidade.
Já a segunda preposição de (de + o = do) dá ideia de posse, por isso no segunda caso São Paulo é uma cidade do Brasil diz a que pertence. Nem sempre essas duas preposições pode ser usada no mesmo contexto. Veja um caso.
Esse batom é da Júlia (ideia de posse)
Esse batom é na Júlia (lugar) agramatical.
Espero que tenha ajudado.
Leniomar Morais
Caro Professor, peço a gentileza de informar se as frases estão corretas.
Muito Grato.
Eu não fui à apenas um supermercado para comprar tudo.
Eu não fui apenas a um supermercado para comprar tudo.
Sérgio,
No primeiro caso está correto, pois o verbo pede a preposição a palavra seguinte pede artigo, então temos a formação de crase.
Até mais.
Professor,
Por gentileza, qual é a forma adequada? peço à gentileza ou peço a gentileza?
obrigado
Thiago,
Neste caso não há crase, podemos ver pela transitividade do verbo pedir, pois quem pede, pede alguma coisa a alguém, então a coisa pedida é complemento direto, por isso, o que pede (coisa) que na frase é expressa por “gentileza” não pode ser preposicionado, assim, só aparece o artigo.
Até mais.
Muito obrigado, a explicação foi boa mas ainda assim me enrolo com essa maldita crase pois são muitas regras.
Deviam ter excluído ela na última reforma ortográfica.
Eu não fui à apenas um supermercado para comprar tudo.
Professor, esta frase não está errada? pois depois do a temos uma palavra no plural, por isso deveria ser sem o acento indicativo da crase?
Luciano, realmente não tem crase, mas não é simplesmente pelo fato de estar no plural, mas pela presença do artigo indefinido “um” entre a preposição “a”.
Até, mais.
excelente.
texto redigido de forma simples, fácil entendimento e memorização.
Caro professor, peço a gentileza de comentar a respeito da formação das frases abaixo se devo usar “celebrar ou celebrarmos”
Muito grato.
É com grande alegria que convidamos você e sua família para juntos (celebrar ou celebrarmos ?) a Cristo pelos 25 anos de ministério pastoral.
As duas formas são possíveis, se você usar no singular ‘celebrar’ você está estará incluído no grupo, se você usar na segunda pessoa do plural, nós, ‘celebrarmos’ você se inclui na celebração!!!
Espero ter ajudado.
Me salvou de um trabalho amei esta matéria prof suelida me dar nota10 vaiii
😍😍😍
Prezado professor,
poderia informar se esta frase está errada?
…”gostaríamos de solicitar, por gentileza, a unificação dos registros, para que possamos cooperar”..
Muito obrigada,
Gilda Alvarenga
Gilda,
Gramaticalmente está correta, mas teria que saber para que se destina, pois estilisticamente está inadequada. Se for para redação oficial não é recomendada.
Se for em texto acadêmico não teria problema.
Professor, boa tare.
O correto é dizer: “venho solicitar a todos a gentileza de informarem…” ou “venho solicitar a todos a gentileza de informar…”?
Do ponto de vista linguístico as duas estão corretas. Mas os gramáticos mais tradicionais vão concordar com a segunda.
Obrigada!
Bom dia: peço a gentiliza tem crase?
O verbo pedir é Bitransitivo e pede dois complementos. Veja: quem pede, pede alguma coisa para (à) alguém. Então o que é pedido será o complemento direto. Para quem pede será o indireto. Por tanto, peço a gentileza, não tem crase, pois gentileza será complemento direto.
Até mais.
Prof.Leniomar
Boa tarde! Dicas excelentes!
Tenho uma dúvida!
Na locução adverbial feminina à noite, há alguma hipótese dela não tiver crase, por ventura?
Não existe a possibilidade, uma vez que é uma expressão com uso de crase obrigatório.
Obrigado pela visita.
Leniomar Morais
A Frase abaixo está correta, sem o uso da crase em “a gentileza”?
Recebemos o contrato para providencia de assinatura, porém o responsável cadastrado para assinatura encontra-se de férias, portando solicitamos a gentileza de alterar para o responsável abaixo
Não tem crase, pois nesse caso o verbo ‘solicitar’ pede dois complementos um indireto, que será a pessoa e o direto que será o que está sendo solicitado.
Professor, na frase: Descerramento da placa da Biblioteca alusiva a Marcos de tal pelos anos do 4º ano. Tem crase na letra a, antes do nome Marcos?
Primeira regra de crase. Não se usa crase antes de palavras masculinas.
Então, como Marcos é masculino, não use.
Leniomar Morais.
Pararabéns, Professor! Achei muito legal esse ‘bate-bola’ tão esclarecedor.
Ainda não li todo o artigo, mas o que vi rapidamente muito me agradou.
Um grande abraço.
J Albertini.
Obrigado. Fico feliz em saber que lhe foi útil.
Prof. Leniomar
Tenho uma duvida, na frase: Festa a Fantasia. Existe crase?
Neste caso há crase, pois só precisa da preposição, não há o artigo para justificar o sinal indicativo de crase.
Leniomar
Professor nesta frase da Adriana Melo exige ou não exige crase?
Faltou a frase. Veja aí e coloque para que eu possa analisar.
Prof. Leniomar
Deixei impresso na mesa de trabalho. Sempre surgem dúvidas.
obrigada!
Não consegui perceber onde seria exatamente sua dúvida. Se for na correção da frase, está perfeita. Nenhuma inadequação gramatical.
Se puder ser mais precisa.
Leniomar.
boa tarde; já ando nas ruas, corrigindo frases ,com erro do acento grave!
É uma boa forma de praticar.
Leniomar Morais
tenho dúvida quando à frase; vêm com uma palavra, se e verbo ou não, para saber se vai ter crase, boa tarde!
Para isso é preciso conhecer um pouco de transitividade verbal. Tem bons dicionários que trazem essa informação.
Leniomar Morais
“à vista” é correto utilizar no sentido de ver como em “terra à vista” e também no sentido de pagamento
No primeiro caso não precisa. Já no segundo é uma expressão consolidada com a presença da crase. Então, pagamento à vista. Com crase.
Leniomar Morais
A frase “Bolsa fecha em queda à espera de novos investimentos no país” a utilização da crase (“á” em destaque) é justificada por qual regra gramatical?
Nesse caso, se emprega pela regra das locuções de base feminina, que ocorrem a crase em: “à beira de”, “à espera de”, “à margem de”, “à luz de”, “à flor de”, “às voltas com”, “à frente de”,”à custa de”, “à baila”, “às turras com”, “à vontade”, “à revelia de”, “à moda de” etc.
Leniomar Morais
obrigado!
Muito bom.
Gostaria de saber se na frase: Os períodos solicitados são: de 14 a 23 de novembro de 2017 e 15 a 24 de julho de 2018. Os a(as) aqui nessa frase são craseados?
São sim. Uma das condições para a existência da crase é quando se referir a datas. O cuidado que se deve ter é quando for usado com horas.
Pois caso use a preposição “da” tem crase. Se usar “de” não tem.
Ex. De 10h as 12h. Sem crase
Das 10h às 12h. Com crase
Estão corretas? Da página 1 à 10. Ou págs. 1 a 10. Ou, págs. 1 à 10. Ou de 1 a 10.
Se você usar ‘da’ aves antes dos números terá crase. Nos demais caso não.
Leniomar Morais
Simplesmente o comentário mais completo sobre crase que já vi. Muito obrigado pelos exemplos! 😉
Oi professor boa tarde, por favor esta correto eu escrever.
“Por favor revise às crônicas”.
“Preciso que vc me envie à crônica”
obrigada
“Por favor revise às crônicas”.
“Preciso que vc me envie à crônica”
Em ambos os casos não se usa crase.
No primeiro perguntando ao verbo quem
Revisa, revisa algo.
No segundo quem envia, envia algo para alguém. Também é transitivo direto, então não tem crase.
Leniomar Morais
A frase está correta:
Informo que recebi sua solicitação, direcionei a área responsável.
Oi Sarah, gramaticalmente está correta, mas se for comunicação institucional ou oficial, prezamos sempre pela impessoalidade. Ficaria melhor se fosse assim: Informamos que recebemos sua solicitação e já foi direcionada a área responsável.
Leniomar Morais.
Excelente aula Prof. Leniomar! Esclarecendo muitas dúvidas sobre o emprego de crase.
Olá professor bom dia, na frase: “Mãe à flor mais bela” a utilização da crase está correta?
Obrigada.
Caro professor, peço a gentileza de me dizer se a frase abaixo esta gramaticalmente correta, muito grato.
“O que quero mais é me encher do teu poder”
Sergio, gramaticalmente está sim, mas estilisticamente não soa bem. Ficaria melhor se ficasse assim: ” O que mais quero é me encher do teu poder”
Leniomar Morais
Tenho dificuldade de aceitar como certa a frase Peço a sua compreensão com crase.
Dalva, é só observar a regência do verbo pedir, quem pede, pede alguma coisa para alguém. Logo, precisa de dos complementos, um direto e um indireto. A coisa pedida sempre será o complemento direto e a quem (pessoa) será o complemento indireto. Então compreensão fica como direito e sua se refere à pessoa, por isso a crase.
Leniomar Morais
Boa Tarde!
gostaria de saber se na frase: Apoio a Carolina Silva tem crase?
GRATA
Nesse caso tem sim, pois quem apoia apoia a alguém! Então o verbo é transitivo indireto!
Prof. Leniomar Morais
Boa tarde,
Uma duvida na frase:
Em sua cláusula quinta condicionam a prorrogação compensatória a celebração de acordos individuais.
Tem crase?
Nessa caso não tem, pois só tem o artigo, não tem preposição.
Leniomar Morais